
Diversos são os caminhos que levam para os estádios_
As pessoas são diferentes, os trajetos outros, mas o sentido é sempre o mesmo

Apesar de cada um estar fazendo um caminho diferente, todos levam ao mesmo lugar o estádio
Por Ketlin Cristine
Em dias de jogos, os torcedores se viram como podem para chegar ao estádio. Tem aquele que vai de carro, ônibus, moto, bicicleta, a pé ou pratica carona solidária. O objetivo principal é conseguir um meio para ir até o estádio e não perder segundo algum de bola rolando.
Torcedora fanática do Furacão, a secretária administrativa Marisol Soares, 44, prefere ir de carro. Sai de casa uma hora e meia antes do jogo com seu marido e no caminho dá carona para sua irmã. Procura estacionar o carro longe do estádio, para não pagar estacionamento e ficar longe dos flanelinhas. Sócia do clube desde 2008, Marisol descreve como “uma sensação única e maravilhosa” o sentimento de chegar na Baixada. Ela faz sempre o mesmo caminho para chegar mais cedo. “Assim a ansiedade diminui um pouco até a partida começar”.
Desempregado, Alexandre Vogel, 23, é torcedor apaixonado pelo verdão, mas só vai ao estádio quando consegue comprar ingresso. Sem outro meio para ir ao Couto Pereira, Alexandre opta pelo transporte público na companhia de amigos. Já o servidor público Victor Oliveira, 20, que é sócio do Coxa há 7 anos, conta que já foi ao estádio de carro, mas prefere ir de ônibus. “É prático e muito mais barato”.
Ele já fez algumas loucuras para chegar no Couto, quando morava no bairro Santa Cândida, uma distância de mais ou menos oito quilômetros. “Fui caminhando até o Alto da Glória, estava com alguns amigos. Foi bem cansativo. Hoje eu não faria de novo”. Victor não fica ansioso para chegar ao estádio, mas quando chega tem a sensação de que é outra pessoa. “Para mim é outro mundo, me desligo de tudo”.