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Qual o futuro dos estádios amadores de Curitiba sem auxílio, eventos ou um campeonato decente? É o caso do estádio Érton Coelho Queiróz, conhecido como “Vila Olímpica do Boqueirão”, palco da inesquecível final de 1997, entre Paraná e União Bandeirantes, diante de 17.926 torcedores, recorde do estádio, mas toda essa história pode se perder. No dia 11 de junho de 2015, foi realizado um leilão do estádio que pertencia ao Paraná Clube, para pagar algumas dívidas trabalhistas. 

A empresa que arrematou por enquanto não pode utilizar a área, pois a Prefeitura de Curitiba conseguiu um mandado de segurança que anulou o leilão. A decisão, baseada na lei municipal 8.563/94, atesta que a área não pode ser vendida para esses fins. Até o final do ano, uma Câmara Especial do Ministério do Trabalho decidirá a validade da decisão. 

Atualmente o estádio está abandonado, com os portões fechados e o entorno é ocupado por usuários de drogas e serviços de prostituição. Para os moradores, um local que era uma diversão virou uma preocupação, como diz Marli Fonseca, moradora do bairro há mais de 20 anos. “Eu saio muito cedo para trabalhar e sempre volto a pé do terminal do Boqueirão. Está muito perigoso esse trajeto”, afirma. 

Ainda buscando uma solução para esses estádios fora de uso, muitas vezes a opção é “tirar do caminho”. É o caso do estádio João Derosso, que foi sede do São Paulo Futebol Clube, uma das principais equipes do futebol amador de Curitiba. Em 2008, teve sua memória apagada. Tudo porque a prefeitura, dona do imóvel, resolveu derrubar parte do muro do estádio para prolongar a Rua Ana Aparecida da Lopos Canet, que foi transformada em binário da Rua Francisco Derosso. 

O prolongamento trouxe melhorias para os moradores, pois em um terreno ao lado foi construído um centro poliesportivo e a Escola do bairro recebeu um prédio em anexo onde pôde contar com novas salas e biblioteca.