
Arbitragem feminina busca espaço no futebol brasileiro
Das 60 mulheres árbitras e assistentes no Brasil, duas estão no Paraná

As mulheres estão ganhando espaço profissionalmente em local que costuma ser de caráter masculino, como os estádios de futebol.
Por Veridiana Toledo
Segundo o site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) dentre os árbitrose assistentes em todo o Brasil, 60 são mulheres, onde quatro delas atuam pela Federação Paranaense de Futebol (FPF).
Sandra Maria Dawies é assistente de arbitragem há 10 anos no Paraná. Ela conta que em um ambiente considerado masculino, o empecilho para algumas mulheres conseguirem atuar como árbitra ou assistente são os testes físicos. O preparador físico Carlos Eduardo B. Gasperin explica que a avaliação física é necessária, já que a predisposição durante o jogo é fundamental para acompanhar o atleta em campo. “Ainda faltam testes que mensurem um ponto físico importante do árbitro que é se deslocar em vários planos já que os testes são realizados basicamente em linha reta, sem trocas de direções em velocidade.”
De acordo com Jessica Caroline de Melo, assistente da Escola de Arbitragem, em uma turma com 50 alunos, em média quatro são mulheres. Com aulas todos os sábados, o curso tem duração de aproximadamente oito meses.
Para o assessor do Coritiba, Rodrigo Weinhardt, e o membro do conselho do Atlético Paranaense, Daniel Torres, a presença do sexo feminino não interfere no meio profissional e não é discutido em reuniões.
Os torcedores também expressam contentamento com a atuação das mulheres nos campos de futebol. “Fico feliz que a cada dia que passa as mulheres estão quebrando essa barreira e impondo o seu lado profissional igualitário aos homens”, expõe Claudio Castro, 40, torcedor do Paraná Clube.
Desta maneira, as mulheres conquistam seu lugar dentro dos estádios e obtêm um espaço importante no futebol.