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TORCEDORES FICAM LIVRES PARA EXTRAVASAR EMOÇÕES NOS ESTÁDIOS DE FUTEBOL_

 

O espaço dá sensação de liberdade e até mesmo muda a conduta do público

 

 

Por Giovanna Menezes

Em dias de jogos, uma multidão de apaixonados se dirige para um mesmo local, os estádios de futebol. Mais que meros locais para partidas, nesses espaços paixões são afloradas, amores são testados, alegrias e decepções são compartilhadas. Para o metalúrgico Leandro Caron, 43, o estádio Joaquim Américo Guimarães, conhecido como Arena da Baixada, é um complemento de sua vida. Na Baixada, Leandro pode extravasar suas emoções à vontade, pois todos ali vivenciam os mesmos sentimentos. E mesmo que o time perca, o sofrimento vale a pena. “No outro dia (depois do jogo) os amigos tiram sarro, os jornais exaltam o outro time, aí dá um pouco de raiva, mas nada que não passe depois de um tempo. Se o time perdeu hoje, bola pra frente que sempre tem o próximo jogo”.

 

O administrador Matheus Ribeiro, 19, foi pela primeira vez ao estádio Major Antônio Couto Pereira em 2004 e ali encontrou a sua segunda casa. “Não só eu, mas também os outros torcedores encaram as idas ao Couto como se cada uma fosse a primeira vez”. O sentimento é o mesmo em relação à Arena para Robson Rodrigues, 23, torcedor do Atlético Paranaense. Para os dois jovens, apesar dos adversários, todos estão nos estádios com um mesmo propósito, seja para torcer para o seu time ou desejar que o outro perca. “Esse objetivo comum me dá maior liberdade para extravasar as emoções”, explica.

 

A psicóloga Caroline Dambroski Silva, 25, explica que dentro dos estádios surge uma mente coletiva, em que o indivíduo muitas vezes pensa, age e sente de forma distinta do que em situação de isolamento. Por isso as pessoas se sentem mais confortáveis em expressar suas emoções sem medo de serem recriminadas.

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