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Profissionais e fãs aceitam o desafio de fazer a cobertura do futebol amador por amor ao esporte_

Sem espaço nos veículos tradicionais, entusiastas se encarregam de cobrir os campeonatos amadores de Curitiba

Por Giovanna C. Tortato

Para os fãs da Suburbana e outros campeonatos amadores, acompanhar ofutebol em Curitiba não é simples. Apenas um jornal impresso faz a coberturada competição, o Jornal Balançando a Rede, e somente dois dos grandesportais online dão espaço para comentários e notícias sobre o esporte amador.Resta então aos amantes do esporte recorrer às mídias alternativas. E essasnem sempre são feitas por profissionais.

 

Fransuel Nascimento é designer, mas também atua como editor chefe do portalonline Projeto SOLO criado por ele. No começo desse ano ele e os parceirosdo site decidiram fazer uma cobertura extensa do campeonato amador defutebol de Curitiba, a popular Suburbana. Segundo ele, existem bons jornalistasabordando o tema, mas ainda é pouco, por isso eles decidiram fazer seupróprio trabalho.

 

“Nós decidimos, por falta de estrutura para fazer uma cobertura maisaprofundada, abordar o torneio pelo viés humorístico. Mas a Suburbana é umtorneio riquíssimo de histórias e de gente apaixonada pelo futebol amador.Infelizmente a grande mídia não dá a atenção que o torneio merece, mas tive aoportunidade de conhecer e ver histórias de gente que dá a vida por aquilo ali,e isso merece ser mostrado”, explica.

 

Entre alguns nomes que fizeram carreira na cobertura esportiva amadora está Denis Barbosa, que desde a faculdade está envolvido com o jornalismo esportivo e viu nessa falta de exposição uma lacuna no mercado. “O espaço definitivo para o esporte amador ainda não havia sido conquistado, entãopensei ‘já que os ditos grandes não fazem, vou buscar credibilidade ereconhecimento com o amador’, e foi justamente o que aconteceu”, conta ojornalista.

 

Quando perguntado do por que acredita haver tão pouca abertura para oesporte amador nos grandes veículos ele é enfático: “Essa é simples deresponder. Os grandes veículos não cedem espaço, ou quando cedem émínimo, por acreditarem que não há retorno, na sua maioria financeiro. Resumindo, os grandes não cobrem o amador porque eles acham que não temlucro”.

 

Outro problema que aparece no discurso de todos que trabalham nesse ramo é a falta de apoio para realizar o trabalho jornalístico.

 

Nascimento reclama da estrutura: “Nunca fui a trabalho em um jogo de futebolprofissional, mas as diferenças são enormes, principalmente no acesso àinformação. O futebol amador na maioria das vezes não tem estrutura parauma cobertura profissional, muitas vezes até para o rádio fica difícil. ”

 

Já Denis Barbosa aponta as dificuldades para o jornalista realizar seu trabalho. “Cobrir o futebol, ou qualquer outro esporte amador, é muito prazeroso, mas aomesmo tempo tem suas dificuldades. Pois o trabalho na caça de notícias acabaredobrado, não há assessorias de impressa, a dificuldade de se conseguir umainformação precisa também é maior; estrutura não é a mesma do profissional,como cabines de imprensa, transmissão, entre outros pontos”, esclarece.

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