top of page

Que nunca se perca a alegria de torcer_

Por Manoela Tkatch

A Admito que nunca fui ao estádio de futebol, mas sempre fui apaixonada pelo meu time. Família inteira de um time, eu e mais dois gatos pingados de outro. Mas há uma coisa que eu nunca irei esquecer: o brilho nos olhos de meu primo após o seu primeiro jogo em um estádio.

 

Ele ainda era muito pequeno, mas sempre foi louco pelo Coritiba. Ele assistia e escutava todos os jogos e a cada gol era uma festa. O orgulho em seu sorriso era claro. Sempre na companhia de nosso avô, seu companheiro fiel para ir aos jogos, a cada partida aguardavam, ansiosamente, o próximo evento.

 

A parceria entre eles me alegrava. Infelizmente, meu avô não pode levar seus outros netos nos estádios de sua preferência, todos torcedores de times rivais. Como já era de se esperar, a primeira vez do caçula junto à torcida no estádio foi ao lado do seu avô, não se podia medir a felicidade dos dois, era um fazendo mais planos que o outro. Quando os dois chegaram do espetáculo era só elogios, sorrisos, risadas e esperança de que o evento se repetisse várias vezes para os dois.

 

“A televisão mostra o jogo, o estádio faz a gente sentir a emoção do espetáculo, o grito da torcida é gigante”, diz o menino. “Você não acredita, vi os meninos da escola lá no jogo, tinha um monte de gente da minha sala”, relembra o garoto.

 

A primeira camisa dele, de tanto usar, acabou desgastando. Anos se passaram, novos uniformes chegaram, mas o verde e branco sempre teve um lugar especial em seu guarda-roupa. Infelizmente o neto perdeu seu fiel companheiro dos jogos. O amor pelo time ficou perdido, novos amigos e colegas de estádio chegaram para aproveitam essa alegria do jogo com ele. Mas, com certeza, seu fiel companheiro ainda o acompanha de alguma forma.

bottom of page